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As vencedoras e Vencedores de 2022

A cerimônia de entrega dos prêmios foi linda e nos revelou o que o nosso povo tem de melhor: os sentimentos de pertencimento, acolhimento e coletividade. Você está na ansiedade querendo conhecer os vencedores do Prêmio Gastronomia Preta? A lista completa você encontra a seguir. Foram 22 categorias e 26 pessoas premiadas - além de 16 menções honrosas cedidas para quem faz um trabalho exemplar fora da cidade e do estado do Rio de Janeiro. Vem com a gente que te apresentamos cada vencedor(a) em cada categoria.

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O Chef Vlad vem propondo algo singular na cidade do Rio de Janeiro com o Dim Sum Rio – que oferece dumplings (bolinhos asiáticos). Com formação em Gastronomia, o chef se destaca pela técnica e pelo cuidado com a cadeia produtiva: ele planta o próprio arroz orgânico que é utilizado no seu restaurante no Largo do Machado. Antes de empreender, participou de feiras e vendeu dumplings congelados durante a pandemia. Enquanto vários restaurantes demitiam, Vlad contratava – preferencialmente pessoas pretas. Com tanta bagagem, técnica e cuidado, Vlad foi eleito o vencedor da categoria Chef no Prêmio Gastronomia Preta.

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Gisele Pontes é sub chef do Rappanui Gastronomia e é uma simpatia e alegria que nem cabe numa pessoa só. E dá pra acreditar que ela é avó? A gente ainda está tentando assimilar essa informação. A sub-chef do Rappanui Gastronomia atua há mais de 15 anos gerenciando pessoas na cozinha em um tipo de trabalho que exige muito cuidado e planejamento: os buffets de grandes eventos e festividades. Dona de um sorriso encantador, mãe e avó, Gi comanda uma equipe de mulheres e é a segurança do buffet há anos no que diz respeito à gestão e preparo de alimentos. Ágil, eficiente e sorridente se destaca pela dedicação e amor ao trabalho. Estudou Gastronomia, mas começou como auxiliar de cozinha há mais de 15 anos. Com tanto sucesso na cozinha, Gi foi eleita a vencedora da categoria Sub Chef no Prêmio Gastronomia Preta.

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Na categoria Pesquisadora, a Chef Aline Guedes levou essa para casa - e existe toda uma trajetória por trás. Possui graduação em Gastronomia (2005) e pós-graduação em Administração e Organização de Eventos (2008), ambos pelo SENAC-SP. É mestre em Hospitalidade pela Universidade Anhembi Morumbi - UAM (2016) com a dissertação intitulada ‘Sociabilidade e Comensalidade de um Quilombo Remanescente em São Paulo: Cafundó (1999 a 2016); seus temas de pesquisa estão relacionados à ancestralidade na gastronomia. A chefe participou do programa de TV Mestre do Sabor e se apresentou como pesquisadora – se diferenciando dos demais concorrentes. Uma importante contribuição para a pesquisa em gastronomia à luz da ancestralidade é o seu artigo científico “A hospitalidade sob a perspectiva de Jacques Derrida e a resistência quilombola” publicado no Journal of Tourism and Development em 2017. Por isso, é a vencedora da categoria Pesquisador(a) no Prêmio Gastronomia Preta.

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Os irmãos Rodrigo Rosa e Rafael Rosa em 2015 compraram um Food Truck e começaram a vender hamburgueres em Del Castilho na porta de casa. Com a veia empreendedora dos irmãos, abriram o primeiro estabelecimento em 2017; e em 2018 já mudaram para uma loja maior; e, em 2019, expandiram suas ações para a atual casa na Rua Volta Grande (também em Del Castilho). Para não desperdiçarem as sobras das costelas defumadas e usarem integralmente o insumo, criaram o bolinho de costela defumada. Com um sabor marcante, a original receita do Bolinho de Costela Defumada Zona Sul da Zona Norte foi eleita a vencedora da categoria Melhor Criação no Prêmio Gastronomia Preta.

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Kátia Barbosa é a criadora do famoso Bolinho de Feijoada – que se tornou Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Rio; chefe de cozinha que valoriza a ancestralidade; militante da valorização comida popular brasileira na alta gastronomia; empreendedora gastronômica com restaurantes na cidade do Rio de Janeiro; esteve na vanguarda, com a abertura do Restaurante Aconchego Carioca, do Polo Gastronômico da Praça da Bandeira. E é indiscutível que sua performance como cozinheira e celebridade é ímpar. E, pode estar super cansada que abre um sorrisão para foto com seus admiradores. Essa categoria estava com o resultado definido antes mesmo dela ganhar o mesmo prêmio na Veja Comer & Beber Rio (2022). Por isso, é a vencedora da categoria Personalidade no Prêmio Gastronomia Preta.

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Educação é algo muito importante na vida do Preto Gourmet - foi a educação que ajudou a mudar sua vida. Por isso, ele quis premiar Merendeiras no Prêmio Gastronomia Preta. Muitas vezes, a criança pobre tem sua primeira experiência com alimentação fora do lar em escolas públicas. A categoria merendeira foi aberta e não houve uma indicação sequer na cidade ou estado do Rio de Janeiro - mas vieram indicações de uma querida merendeira do Sul da Bahia e mesmo o prêmio sendo local, fomos conhecer a história de Dona Lau de Itagimirim (Bahia). Lindaura é vó de 5 netos e merendeira no Colégio Othoniel Ferreira há mais de 20 anos e é amada por alunos e ex-alunos (não é a toa que recebeu mais de 50 indicações). Por isso, Dona Lau é a vencedora da categoria Merendeira no Prêmio Gastronomia Preta.

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E agora vamos para um lado que complementa a cozinha: o atendimento e temos o querido Caioço Paulo, do Zagga Bar em Copacabana, como vencedor desta categoria. O angolano e agora brasileiro-carioca é um show de simpatia como garçom no Zagga Pizzaria em Copacabana. Com uma história de vida ímpar de superação e resiliência em Angola e no Rio de Janeiro, seu sorriso sempre está estampado no rosto e sua proatividade em acolher os clientes faz parte de sua marca no setor de hospitalidade. Por isso, foi eleito o vencedor da categoria Garçom no Prêmio Gastronomia Preta.

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A história da vida real parece de filme. A pernambucana Taciana Alves da Silva chegou ao Rio aos 3 anos com sua mãe e mais três irmãos. Acabou morando em orfanato por um tempo até sua mãe (dona Albaniza) conseguir emprego e cuidar dela e de seus irmãos. Começou no Rio Othon Palace como auxiliar de serviços gerais e foi desacreditada por muitas pessoas quando foi convidada a ser garçonete no mesmo hotel. Ela não duvidou de sua capacidade e aceitou o desafio há 9 anos. Hoje, é a baiana oficial da famosa feijoada do Skylab e a vencedora da categoria Garçonete no Prêmio Gastronomia Preta.

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O serviço de maitre não implica somente em cuidar dos clientes – este profissional tem também a função de cuidar da sua equipe e prepara-la com assertividade para o atendimento ao cliente. Com mais de 10 anos como maitre, os últimos 5 deles na Casa Camolese, Evandro Moraes se destaca pela sua elegância e proatividade na resolução de problemas do dia a dia de uma grande operação; e, por ter sua equipe nas mãos em função de tanto carinho e cuidado. Por isso, foi eleito o vencedor da categoria Maitre no Prêmio Gastronomia Preta.

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Filha da dona Sheyla (quem é sua grande inspiração de vida), moradora da Rocinha e mãe do Rafael - essa é Ticiane Oliveira em alguns dos papéis que assume em sua vida. Quando você chega nas alturas é de Tici o sorriso que te recebe no Skylab – restaurante no 30º andar do Rio Othon Palace em Copacabana. Com tanto cuidado, gentileza e proatividade como hostess, a menina da Rocinha muitas vezes teve que defender sua mãe e irmãos de racismo (e nem por isso deixou de lado seu sorriso encantador). Com tanta resiliência, a garçonete e caixa progrediu e foi eleita a vencedora da categoria Hostess no Prêmio Gastronomia Preta.

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Thales Alves é parte da história da TV no mundo: foi o primeiro homem transexual e negro do mundo a participar de um programa de elite gastronômica (o MasterChef Brasil). Goiano de Formosa, o chef viralizou com o programa “Quanto custa, Thales?” - que traz a realidade das receitas da internet que não são tão acessíveis ao público das classes C, D e E. Thales ainda é colunista do site Mundo Negro. E a questão racial é uma das suas pautas relevantes na Gastronomia. Por isso, é um dos destaques na categoria Chef na Mídia no Prêmio Gastronomia Preta.

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Desde muito jovem Luís Felipe Vitorino, cidadão de Rio Bonito (RJ), decidiu que Gastronomia seria a área que ele gostaria de trabalhar. Foi desacredito diversas vezes que nunca seria cozinheiro ou chef; e, que seria eternamente auxiliar de cozinha. Preconceito é algo que Luís sempre sofreu na vida – seja de raça ou de gênero. Quase desistindo de atuar na Gastronomia, conheceu o Grupo Arpoador e foi contratado para o Hotel Arp Inn. Retomou os estudos, se matriculou no curso de Gastronomia do Instituto de Gastronomia (IGA) e com tanta calma e atenção nos seus preparos foi eleito o vencedor da categoria Auxiliar de Cozinha no Prêmio Gastronomia Preta.

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Nascida e criada no bairro de Jardim Catarina/São Gonçalo, veio de família humilde cujo pai mecânico e mãe empregada doméstica. Seu primeiro contato com a cozinha foi aos 6 anos de idade ao lado de minha mãe fazendo biscoitos.  Se formou em Biologia pelo programa FIES, com passagem como pesquisadora no Museu Nacional/UFRJ, com especialização na COOPE/UFRJ e lecionou na FAETEC. Transformei seu hobby em profissão atual - ser confeiteira. Com uma apresentação e sabor marcantes no concurso, Diva Oliveira foi eleita a vencedora da categoria Confeiteiro(a) no Prêmio Gastronomia Preta.

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O Chef confeiteiro Paulo Rocha é formado em Gastronomia e hoje é responsável pelos doces e sobremesas de seis casas do grupo President. Paulo foi um dos primeiros entusiastas do Prêmio Gastronomia Preta e logo cedeu seu espaço na agenda para apresentar a primeira edição do prêmio. Com seu sorriso encantador, o chef Paulo é apresentador do programa Esse Doce tem História (GNT) e fez história no reality show Iron Chef Brasil ao ser o primeiro chef desafiante a desbancar um Iron Chef.  Por isso, é um dos destaques na categoria Chef na Mídia no Prêmio Gastronomia Preta.

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Jorge Mayconn Machado ​é estudante do Instituto de Gastronomia (IGA) de Campos dos Goytacazes (RJ), o fluminense de Cordeiro (Região Serrana do Rio de Janeiro) trancou o curso para trabalhar e ao conhecer o Prêmio Gastronomia Preta resolveu retornar aos estudos com ajuda de sua esposa e irmã. É uma daquelas pessoas que tem talento, disposição e muita força de vontade para crescer na vida profissionalmente. Como autodidata, na pandemia, aprendeu técnicas e preparos e trancar o curso foi apenas uma decisão pontual de ordem financeira. Se destacou na prova com preparações complexas em sabor e técnica. Por isso, foi eleito o vencedor da categoria Futuro Chef no Prêmio Gastronomia Preta.

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O Gastrônomo de formação se apaixonou pelos vinhos ainda durante sua formação superior e já tem alguns títulos em sua carreira profissional como Melhor Sommelier do Brasil (2021), Melhor Sommelier do Ano (2019) e o Certificado Profissional pela Associação Brasileira de Sommeliers (2017). Renato Neves também é o representante do Brasil nos concursos Melhor Sommelier dos Vinhos do Alentejo no Brasil (2022) e Melhor Sommelier do Mundo (2023). Com esse currículo respeitado dentro e fora do Brasil, é o vencedor da categoria Sommelier no Prêmio Gastronomia Preta.

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Nossa querida Maria Aparecida de Oliveira é também conhecida como Cidinha Santiago - seu nome artístico. A mineira de Belmiro Braga publicou seu primeiro livro de receitas em 1984 – depois de muito esforço trabalhando como empregada doméstica desde os seus 10 anos de idade. Depois de ter seu talento reconhecido, foi ajudante de cozinha junto à Ofélia (TV Bandeirantes) e também de Edu Guedes. Foi pioneira na TV como mulher preta na cozinha e hoje é referência para várias outras chefs pretas. Por isso, é um dos destaques na categoria Chef na Mídia no Prêmio Gastronomia Preta.

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Muitos(as) chefs que no passado ainda eram desconhecidos e que hoje fazem a cena carioca acontecer tiveram suas preparações fotografadas por Berg Silva; e, por isso, são gratos porque além de fotógrafo ele também foi formador de opinião na cena gastronômica carioca. O carioca tinha em seu DNA a vontade de ajudar – um de seus últimos trabalhos foi para empreendedoras do Morro do Macacos em Março de 2022 ao fotografar seus bolos e doces. Teve trabalhos em diferentes veículos e um dos seus prêmios foi o Orilaxé – do Grupo Cultural Afro-Reggae. Tinha o dom de deixar as comidas e bebidas ainda mais bonitas – era um gênio nessa arte. Por isso, mesmo in memoriam, foi eleito o vencedor da categoria Fotógrafo no Prêmio Gastronomia Preta.

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O apelido “Barão” que hoje quase é um sobrenome veio com a profissão de Bartender em seu primeiro estágio profissional. Guerreiro, batalhador, sonhador e um profissional singular. A capacitação profissional esbarrou no dinheiro da passagem de ônibus – mas o menino da Pavuna não se desmotivou (ele ia a pé pela linha de trem numa caminhada de mais de duas horas apenas para ir e outras duas horas para voltar). Willian Barão assinou cartas de vários bares e restaurantes e ainda sofre com os padrões de preconceitos na Mixologia: “as empresas querem sempre o príncipe encantado nos bares e não um preto gordo” – como ele mesmo aponta. Essa história vista de perto é linda e por isso William foi eleito o vencedor da categoria  Minha História é Food-se no Prêmio Gastronomia Preta.

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Empreender faz parte do DNA de Kananda Soares. Sua primeira criação foi a famosa marca Favela Hype. Recentemente, se enveredou para o lado da Gastronomia com o Agô Bar da Encruza – um gastrobar que valoriza a ancestralidade e a comida e insumos que compõem a cultura afro-brasileira de diáspora. Suas constantes capacitações e estudos sobre gestão, o Agô Bar da Encruza tem uma trajetória diferente de muitos empreendimentos: gerar lucro desde o primeiro mês. Com tanto sucesso nas ideias, Kananda foi eleita a vencedora da categoria Empreendedor(a) no Prêmio Gastronomia Preta.

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Tem em seu currículo a gestão de importantes restaurantes no Rio de Janeiro – inclusive com indicação do Guia Michelin; e é diretora do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro. Hoje encabeça a Nômade – uma empresa de consultoria que busca soluções para negócios no ramo de Alimentos e Bebidas. Como consultora nos serviços de gestão de restaurantes e atendimento ao cliente, Danni Camilo já abriu e reabriu relevantes restaurantes da cena gastronômica carioca, como o Miam Miam, Casa Camolese e Slow Bakery. E nessa luta com recorte de raça, Danni Camilo sempre empregou o povo preto e outras minorias. Por isso, é a vencedora da categoria Gestor(a) no Prêmio Gastronomia Preta

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O restaurante Afro Gourmet surgiu em 2015 de maneira itinerante e em 2018 teve seu espaço estruturado em Vila Isabel. Desde o início foi comandado pela empreendedora e chef Dandara Batista. O Afro Gourmet é sinônimo de resistência ao modelo gastronômico eurocentrado e resgata insumos e preparos tipicamente africanos. Com uma proposta ímpar que valoriza a ancestralidade, o restaurante se destacou no atendimento e nos preparos oferecidos ao júri do prêmio; e, por isso, foi eleito o vencedor da categoria Melhor Restaurante no Prêmio Gastronomia Preta.

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Andressa Cabral é apresentadora de TV (Iron Chef Brasil, Drinks e Petiscos – GNT), jurada do Sabor em Jogo (GNT), empresária, professora universitária e criadora do termo pretopolita - um neologismo que se refere às características de se considerar a importância dos referenciais das pessoas pretas no Brasil sob uma perspectiva afrocentrada e cosmopolita. Com tanta representatividade e abrindo portas para que o povo preto seja visto na Gastronomia, é um dos destaques na categoria Chef na Mídia no Prêmio Gastronomia Preta.

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Por anos o lugar na Mixologia foi de homens – geralmente homens brancos de Classe Média Alta que tinham inicialmente a profissão de bartender como hobby. Flávia Di é empreendedora, mãe, irmã e amiga de vários profissionais da coquetelaria no Rio de Janeiro. Como mulher, sofreu vários preconceitos. Como mulher preta de Duque de Caxias teve que lidar com preconceitos de se vestir bem e trabalhar a noite. Entrou para a Mixologia como autodidata – inicialmente para pagar seu curso de Cinema. Criou o Moulin Rouge – um drink autoral que remete à sua trajetória no Cinema. Nas suas equipes de bar contrata pessoas pretas – principalmente mulheres para continuar a propor a ruptura de que a Mixologia é também feita por mulheres. E, construindo essa ruptura concorrendo com dois homens, foi eleita a vencedora da categoria Bartender no Prêmio Gastronomia Preta.

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A chef Bianca Barbosa vem de uma família de cozinheiros e desde os 14 anos trabalha no setor de alimentos e bebidas. Carioca da Gema, se formou em Jornalismo, se mudou para a Bolívia e voltou ao Brasil para voltar de corpo e alma para a  Gastronomia. A chef valoriza o Slow Food (uma proposta de uma cozinha mais sustentável). Em 2022 participou do reality show Iron Chef Brasil (Netflix) e ajudou a popularizar a ideia do Slow Food para os telespectadores. Sua participação no programa foi icônica; e, por tudo isso, é um dos destaques na categoria Chef na Mídia no Prêmio Gastronomia Preta.

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O chef João Diamante (nosso querido embaixador) tem o dendê baiano e a experiência carioca da zona norte e com sua experiência de homem preto da favela criou o projeto Diamantes na Cozinha que ajuda a qualificar profisionalmente jovens em situação de vulnerabilidade econômica para atuarem no ramo da Gastronomia. Estudou Gastronomia, se destacou e ganhou uma bolsa para ir estudar na França. Por meio da ONG Diamantes na Cozinha, o empreendedor social faz um lindo trabalho na cidade do Rio de Janeiro e na região metropolitana com mais de 300 alunos já formados. Por isso, o Diamantes na Cozinha é o vencedor da categoria Inclusão Social no Prêmio Gastronomia Preta.

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“Toda menina baiana tem um santo, que Deus dá!”. E tudo que representa a Bahia na culinária afro-brasileira, não poderíamos deixar de fora uma categoria que premiasse a culinária de diáspora, a resistência e a valorização dos insumos e cultura baiana.

 

Você foi resistência de várias maneiras. Ao provar que mulher preta nordestina poderia sim ser chef de cozinha; ao parar em São Paulo com a cara e a coragem; ao propor uma gastronomia afetiva de resgate da sua cultura local; por abrir com o Zé a Casa de Ieda.

A primeira edição do Prêmio Gastronomia Preta ocorrerá no dia 28112022, no Museu de Histór

E o prêmio aconteceu com a ajuda de muitas pessoas. 

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